sábado, 17 de agosto de 2019

Há festa na aldeia

Há festa na aldeia
De manhã ouvem-se os sinos
Foguetes e morteiros
Acordam os noctívagos

Há  música na porta do meu jardim
O saco do peditório escancara-se
O porta-estandarte reclama a foto
O presidente esboça um sorrisinho

A bandinha toca
Agradecida

S. Roque despede-se religiosamente
Fustigado pelo vento regressa à capela
Para guardar o seu lugar
Na missa das quatro

2 comentários:

  1. Mais acutilante do que o poema do António Lopes Ribeiro, menos romântico, também cheira a rosmaninho no adro da igreja.

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    Respostas
    1. ... e alecrim pelo chão
      Na nossa aldeia, que Deus a proteja
      Vai passando a procissão ..

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