sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Baleal

Atordoada

Atravesso no local habitual

Degusto meia dúzia de degraus polvilhados de fina canela

Enterro-me na areia escaldante

E num mar gelado que me fustiga as pernas 

Contente

Canto baixinho para que ninguém me ouça 

Danço pequenos passos ao sabor da rebentação 

Ao longe vislumbro a  Berlenga 

Risonha e poética 

Olho de novo o mar

Com a brisa que se faz sentir ao fim do dia 

Fico a cobiçar a mulher gorda 

Que de soslaio me sorri

E corre a  mergulhar