Na caravela de antanho, parto à procura do que não sei.
Mar revolto.
Oceano infinito.
Memória de lendas e fogos de São Telmo.
Sinto a maré cavalgar em meu corpo.
Salpicos a secarem em meus lábios.
Procuro entre o nevoeiro.
Os monstros, não podem acordar-me.
O escorbuto, dizima-os.
As sereias, enciumadas, não querem mostrar-se.
Continuo minha rota desviada pela corrente.
Escuto, apenas, o barulho das ondas entrelaçando meus cabelos.
Até à cintura!
Belíssimo texto! A blogger transforma-se repentinamente em poeta! Ou sereia? Se as sereias são um mito, por quê fazer-lhes serenatas à luz das Fogos de São Telmo?
ResponderEliminarAs sereias são como o Pai Natal. Existem no nosso imaginário colectivo. Ou não.
EliminarAs serenatas, essas, cantadas à luz dos fogos de São Telmo, são apenas e só, para quem as consegue ouvir!🍀
Que extraordinária singeleza!
ResponderEliminarUm belo (e irrecusável) convite para a incansável viagem à descoberta… de nós próprios!
Muito obrigado, Poetisa!
Tudo o que é simples é belo.
EliminarE o convite de que falas, está lá.
No mar revolto, na viagem ... até no emaranhado de cabelos das sereias!🐚
Que bela história, tão simples, tão do nosso passado, tão da nossa realidade, tão eu!
ResponderEliminarQuando a estava a escrever, estava a lembrar-me de ti.
EliminarCalculei que, quando a lesses, gostasses!🐬