Era um cão maravilhoso, neto de campeão do mundo da raça, que não conheci a não ser por fotografia e por relatos entusiastas.
Um " Pointer " de pelo curto e bem escovado que, de tão veloz, quase tinha o dom da ubiquidade. E assim lhe foi posto o nome, Ubiq!
Quando perdido, choravam por ele.
Quando em casa, oferecia as afáveis bochechas a umas palmadas carinhosas.
E uivava, e uivava, quando o provocavam. Não que adivinhasse a morte. Uivava só!
Mas um dia, morreu.
A sua fotografia permanece viva no corredor de minha casa, entre outras que me afagam a pele à passagem regular naquele funil que me estrangula e amedronta.
Lá, continuam muitas outras fotografias há anos.
Meigas, mas não as vejo. Sinto-as apenas.
E o Ubiq, sentado no topo do móvel, prazenteiro, encoraja-me a continuar, sem receio.
Até quando?
Era um cão duma beleza telúrica! Quando galopava as pessoas paravam a admirar a sua nobreza. Morreu com 16,5 anos, com a doença das vacas loucas, provavelmente transmitida pelas rações de carne de conserva.
ResponderEliminarTenho tanta pena de não o ter conhecido.
EliminarDe verdade!
O Ubiq tem um coração no dorso <3 Nunca tinha reparado... Era muito lindo!
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