segunda-feira, 20 de março de 2017

Máscara

Hoje sentei-me no sofá da minha sala e olhei aquela máscara que me afrontava.
O que estaria por detrás daqueles olhos perscrutantes e sombrios?
O que quereria encobrir aquela cabeleira longa e desgrenhada?

Pensei.
Repensei.
Não conseguia encontrar algo escondido que me aliviasse a tensão.
Apenas o vento, lá fora, desviava o meu pensamento.

Levantei-me.
Coloquei uma pequena cunha de madeira na porta bambuleante e voltei a sentar-me.

Então, a máscara sorriu-me.
Vi soltar-se, daqueles olhos baixos, faíscas douradas de contentamento e alegria.

Aliei-me ao seu estádio e por fim, novamente sentada, esperei que ela me viesse confidenciar o seu segredo.
Esperei, até agora, mas nada ouvi.

Sem inquietação continuo à espera.
Simplesmente!






2 comentários:

  1. As máscaras poderão sorrir, mas só falam em nome daquilo que encobrem, ou escondem.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu continuo à espera.
      Pode ser que aconteça!
      Se assim for, contar-te-ei!!!😊😊😊

      Eliminar