No canto do meu jardim
Guardam-se alfaias
Erguem-se plantas regeneradas
Presas a barrotes de madeira
Como irmãos enleados
Aqui e além
Canta o melro
Saltitante
Solene
Foge de nós
Para lá da sebe
O cheiro a mosto das peras
Mistura-se na terra madura
No canto do meu jardim
Há vento
Árvores seculares
Vizinhança ignorada
Azeitonas no chão
Esplendor na relva
No canto do meu jardim
Há um alpendre
Franco e aberto
Onde (re) invento os meus dias
E o silêncio
Se confunde com o lamento da coruja
Em fuga
Para o campanário da igreja
O recanto do teu jardim é o meu salão, é lá o meu local preferido da casa da aldeia, onde passo grande parte do dia enleado no silêncio e alheado do mundo.
ResponderEliminar... a observar a natureza!😍
ResponderEliminarEspaço de meditação ou de trabalho?
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