Desaba o tecto do mundo
Rasga-me o peito
Silêncio
Dor e sombra
Hibernam dentro de mim
A chuva
Densa
Persiste
Atordoa
Desaba em cada esquina
Da janela
Avisto o céu
Teu olhar adormecido
Uma criança a brincar
Uma mãe a ralhar
Confundo o negrume do dia
Com a Primavera envergonhada
Construo um arco-íris
Vou ser criança outra vez
Saltar à corda
Rir
Tropeçar
Cair
Hoje ...
Já não saio
Estes dias de chuva pela Primavera adentro são do tédio que nos leva a descrever o que vemos e não vemos dentro e fora de nós.
ResponderEliminarFicamos mais tempo em casa, pensamos, olhamos pela vidraça e...escrevemos, o que nos vai na alma!
EliminarA beleza, encantadoramente simples, da filigrana vestindo a interioridade. Adoro a tua poesia, despida de artifícios palavrosos mas poderosa na forma como nos atinge a alma.
ResponderEliminarBem- hajas meu querido pelas tuas palavras.
EliminarOs teus comentários são preciosos para mim.
Abraço-te.