Ninguém sente o que escrevo
Escondo o caderno na lantana já sem flor
E o lápis no buraco da árvore
O pássaro esfomeado
Leva no bico os pontos dos " is "
Todos
Não consigo completar as palavras
Nem as estrofes
Dilui-se o pensamento na relva húmida
Ninguém sabe o que escrevo
Só tu
Mão escondida na oliveira
Poderias dizer que ninguém te lê, porque quem te lê sabe o que realmente sentes.
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