Desaba o tecto do mundo
Rasga-me o peito
Silêncio
Dor e sombra
Hibernam dentro de mim
A chuva
Densa
Persiste
Atordoa
Desaba em cada esquina
Da janela
Avisto o céu
Teu olhar adormecido
Uma criança a brincar
Uma mãe a ralhar
Confundo o negrume do dia
Com a Primavera envergonhada
Construo um arco-íris
Vou ser criança outra vez
Saltar à corda
Rir
Tropeçar
Cair
Hoje ...
Já não saio