Nos altos da aldeia
O moinho do Toneca
Tratato e erecto
Estende as velas brancas
Acenando ao vento brando
Os visitantes
Quedam-se lá
Tentando enlear os sonhos
Nos mastros alados
Que pouco se mexem
À sua chegada
Quando os ventos sopram fortes
Fantasiados com o pó da terra
Transformam o sonho em vida
A promessa em acontecimento
E o moinho em desejo
O mito renasce a cada visita aos altos da aldeia
E o tempo voa por entre as velas do moinho do Toneca
Numa viagem eterna e constante
Sem sair do sítio
O mar onde o moinho do Toneca navega é o cereal gota a gota moído pelas mós, e havendo bonança, as velas não recolhem e os fornos enchem-se de pão.
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